No dia 27 de abril foi realizado na Paróquia Nossa Senhora Aparecida na cidade de Palestina de Goiás o Encontro Forâneo dos Ministros da Palavra. Sob a coordenação do Padre Jânio Carlos e com apoio da Coordenação Diocesana de Pastoral foram destacados os aspectos essenciais da Espiritualidade do Ministro, considerados os dados acerca do Mapeamento Pastoral, a organização do Itinerário Formativo e as Orientações Pastorais do processo.
Constituído de encontros quinzenais, será desenvolvido na modalidade on-line pela Plataforma Google Meet no período de 2 de maio a 22 de agosto e contemplará temáticas de atualização e de aprofundamento com base no Documento 108 da CNBB “MINISTÉRIO E CELEBRAÇÃO DA PALAVRA”.
Compareceram 29 participantes das 8 paróquias que compõem a Forania Nossa Senhora Aparecida, um grupo formado por ministros atuantes, iniciantes e por aqueles que já atuaram e que buscam renovar o seu ministério. A importância desta realidade é afirmada pelo registro das considerações dos participantes:
“Um dos desafios apresentados pelas diversas paróquias é a dificuldade das pessoas não valorizarem e até deixarem de participar da Celebração da Palavra. Por isso, é primordial mostrar ao povo que depois dos sacramentos, a Celebração da Palavra é a forma mais importante de celebrar o Mistério de Cristo em nossas vidas, ou seja, não dá para desprezar a celebração porque o padre não está.
O papel do Ministro Extraordinário da Palavra é de extrema importância para ajudar o povo a interpretar a Palavra de Deus, mas para isso é necessário que o ministro busque apoio nos vários comentários bíblicos, nos folhetos litúrgicos, em livros de exegese, bem como em formações da Sagrada Escritura.
Antes de falar de Deus é preciso falar com Deus: esse princípio marcante sobre a importância da intimidade com Deus é fundamental, quer seja na oração diária, na leitura orante, na participação nos sacramentos, especialmente da Eucaristia e da Reconciliação.
Também sobre espiritualidade aprendemos que o ministro deve ver em cada pessoa a presença do Cristo Ressuscitado, e assim valorizar as pessoas e aproveitar as oportunidades para evangelizar os irmãos.
O ministro deve ser exemplo de fé, de boa vivência familiar, ser humilde e caridoso, colocar em prática a Palavra de Deus, viver com qualidade sua vida conjugal, ser testemunha do que anuncia.
No exercício de sua função deve ajudar as pessoas a participarem de cada ação litúrgica e a viver interiormente o sentido de cada uma delas, não com discurso, mas fazendo bem e colocando alma naquilo que faz.
Por meio de gestos e palavras, tom de voz e atitude devem revelar a ternura do Espírito, de quem recebeu o dom de exercer seu ministério. Devem assumir a atitude de Jesus que veio para servir e não para ser servido e ser mediador das relações entre Deus e seu povo reunido para celebrar a fé.
O ministro da palavra deverá meditar muito a leitura, em casa, de alguma maneira, “sumir” diante do Cristo a quem empresta sua voz e seu jeito de comunicar. Importante proclamar a Palavra com os lábios e o coração.
É pelos lábios que proclamamos a Palavra concebida no coração sob a ação do Espírito, afim de atingir o coração dos ouvintes, gerar neles a Palavra que quer fazer-se carne outra vez em nossas vidas.
(Maria Celma, Paróquia Santo Antônio – Piranhas)
“São muitas as nossas realidades que celebram e se alimentam da Palavra de Deus”, afirmou Dom Leonardo Ulrich Steiner na apresentação do Documento 108 da CNBB intitulado Ministério e Celebração da Palavra. Atualmente, cerca de 70% das comunidades no Brasil não têm acesso à celebração eucarística aos domingos presidida por um sacerdote e, por isso, é preciso uma atenção adequada, de modo muito particular para aqueles que se dedicam ao ministério da palavra, em vista de aumentar a indispensável segurança como também o entusiasmo por anunciar Jesus Cristo nos dias de hoje (Doc. 108, CNBB, n. 7).
Que Maria, a Mãe da Santa Esperança, e São Luís Gonzaga tornem este tempo favorável para avançarmos para águas mais profundas, como bem nos afirma o Santo Evangelho!
