Maria, a glória da humanidade

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Dom Lindomar Rocha Mota
Bispo de São Luís de Montes Belos (GO)

É verdade que depois de termos sido criados para a glória, as coisas não andaram lá muito bem para nós. O Pecado, entrando no mundo, desfigurou a beleza humana e nos afastou de Deus.

Santo Agostinho nos lembra que o próprio tentador se vangloriava de haver destruído a obra da criação, desnaturalizando a natureza e afastando-a de Deus!

São vans, entretanto, as glórias do tentador. Pois, no alvorecer da humanidade nova, enquanto vagávamos pelos ermos na noite, Deus escolheu um de nós para vencer o ódio e o desprezo daqueles que não acreditam na humanidade.

Como tudo que é de Deus e não precisa de volumosos começos para se tornar grande, uma mensagem foi enviada a uma jovem num vilarejo das terras perdidas do Oriente Médio: Eis que está grávida e dará à luz um filho!

Maria disse sim, e a história começou a fazer sentido de novo. O Filho de Deus, em tudo semelhante a nós, menos no pecado, esclareceu que a morte não faz parte de nosso destino. Por isso, o Senhor de tudo, nosso amado Jesus Cristo, elevou-se ao céu à vista de todos, após a sua Ressurreição. Uma vitória incontestável contra a morte. Ele é Deus, de lá veio e para lá voltou. Entretanto, a natureza humana ainda continuava submissa à morte.

Mas com Maria foi diferente. Nela, a nossa glória foi restaurada, pois, sendo criatura, manteve-se fiel à graça de ter sido preservada do pecado original durante toda a sua vida, e o tentador perdeu a aposta.

Em Maria, somos elevados à fidelidade e à vontade determinante para dizermos sim a Deus. A humanidade não está perdida, nem a amizade com Deus desfeita. Nós continuamos amigos de Deus.

Não há mais desculpas! Nós podemos ver em Maria a nossa natureza triunfante. Uma visão que se adensa à medida que contemplamos a sua Assunção, e a vemos ser elevada em corpo e alma para o céu. Maria Assunta é a glória da humanidade e o fortalecimento de nossa esperança; depois que Jesus abriu a porta, pelo menos um de nós passou intacto por ela e dá testemunho da humanidade. É por isso que a chamamos de bendita, porque o Senhor fez nela, humilde e pobre, maravilhas sem fim.

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